quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Discurso de Madre Teresa de Calcutá contra o aborto

No dia 3 de fevereiro de 1994, foi realizado o National Prayer Breakfast (Café da Manhã Nacional de Oração), no Hotel Shoreham, em Washington, DC. Essa seria mais uma reunião do establishment político norte-americano, que incluía diplomatas de mais de 100 países diferentes. Foram anunciados os membros da mesa principal, com sua distinta lista de convidados encabeçada pelo Presidente Clinton e pelo vice-presidente Gore. Mas logo o ânimo quieto foi quebrado pelo aparecimento da palestrante principal da manhã: Madre Teresa de Calcutá. Com as suas simples, mas poderosas e pertinentes observações, Madre Teresa abalou a sua audiência emitindo um desafio direto para os acomodados detentores do poder em Washington. Confira a tradução do discurso na íntegra: " No último dia, Jesus dirá àqueles à sua direita: "Venha, entre no Reino. Porque eu tive fome e você me deu comida, eu estava sedento e você me deu bebida, eu estava doente e você me visitou." Então Jesus se voltará para aqueles à sua esquerda e dirá: "Afaste-se de mim porque eu tive fome e você não me alimentou, eu estava sedento e você não me deu bebida, eu estava doente e você não me visitou." Eles lhe perguntarão: "Quando nós o vimos faminto, ou sedento, ou doente, e não o ajudamos?" E Jesus lhes responderá: "Tudo que você deixou de fazer ao menor destes, você deixou de fazer a mim!" Uma vez que nós nos reunimos aqui para rezar juntos, eu penso que será bonito se nós começarmos com uma oração que expressa muito bem o que Jesus quer que nós façamos para os menores. São Francisco de Assis entendeu muito bem estas palavras de Jesus e a sua vida é muito bem expressada por uma oração. E esta oração que nós rezamos diariamente depois da Santa Comunhão, sempre me surpreende muito, porque é muito adequada para cada um de nós. E eu sempre imagino se há oitocentos anos atrás quando São Francisco viveu, eles tinham as mesmas dificuldades que nós temos hoje. Eu acho que alguns de vocês já têm esta oração de paz, assim nós iremos rezá-la juntos. Senhor, Fazei de mim um instrumento de Vossa paz! Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvidas, que eu leve a fé. Onde houver erros, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, Fazei que eu procure maisconsolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado... Pois é dando que se recebe; é perdoando que se é perdoado; e é morrendo que se vive para a Vida Eterna. Amém. Demos graças a Deus pela oportunidade que ele nos deu hoje de ter vindo aqui para rezar juntos. Nós viemos aqui especialmente para rezar pela paz, alegria, e amor. Nós somos relembrados de que Jesus veio trazer a boa notícia para os pobres. Ele nos disse o que a boa notícia é quando ele disse: "Eu vos deixo a minha paz, eu vos dou a minha paz." Ele não veio dar a paz do mundo, que só é que nós não incomodemos um ao outro. Ele veio dar paz de coração que vem de amar - de fazer bem a outros. E Deus amou tanto o mundo que deu o seu filho. Deus deu o seu filho à Virgem Maria, e o que ela fez com ele? Assim que Jesus entrou na vida de Maria, imediatamente ela foi às pressas anunciar esta boa notícia. E assim que ela entrou na casa de sua prima, Isabel, a Escritura nos conta que a criança por nascer - a criança no útero de Isabel - pulou de alegria. Enquanto ainda no útero de Maria, Jesus trouxe paz para João Batista, que pulou de alegria no útero de Isabel. E como se isto não fosse o bastante - como se não fosse o bastante que Deus Filho se tornasse um de nós e trouxesse paz e alegria enquanto ainda no útero, Jesus também morreu na Cruz para demonstrar aquele amor maior. Ele morreu por você e por mim, e por aquele leproso e por aquele homem morrendo de fome e aquela pessoa desnuda que jaz na rua - não só de Calcutá, mas da África, de todos os lugares. Nossas Irmãs servem estas pessoas pobres em 105 países por todo o mundo. Jesus insistiu que nós amemos um ao outro como ele ama a cada um de nós. Jesus deu a sua vida para nos amar, e ele nos fala que ama a cada um de nós. Jesus deu a sua vida para nos amar, e ele nos fala que nós também devemos dar tudo que for necessário para fazer o bem uns aos outros. E no Evangelho Jesus diz muito claramente, "Amai como eu vos amei". Jesus morreu na Cruz porque isso é o que foi necessário para que ele fizesse o bem para nós - para nos salvar de nosso egoísmo e pecado. Ele largou tudo para fazer o desejo do Pai, para mostrar a nós que nós também devemos estar dispostos a dar tudo para fazer a vontade de Deus, para amar uns aos outros como ele ama a cada um de nós. Se nós não estamos dispostos a dar tudo o que for necessário para fazer o bem uns aos outros, o pecado ainda está em nós. É por isso que nós também temos que dar aos outros até que doa. Amor sempre dói Não é suficiente dizermos "eu amo a Deus". Mas eu também tenho que amar meu próximo. São João diz que você é um mentiroso se você diz que ama a Deus e você não ama seu próximo. Como você pode amar a Deus que você não vê, se você não ama seu próximo que você vê, que você toca, com quem você vive? E assim é muito importante para nós percebermos que o amor, para ser verdadeiro, tem que doer. Eu devo estar disposta a dar tudo que for necessário para não prejudicar outras pessoas e, de fato, para fazer o bem a elas. Isto requer que eu esteja disposta a dar até que doa. Caso contrário, não há nenhum verdadeiro amor em mim e eu trago injustiça, não paz, para aqueles ao meu redor. Doeu a Jesus nos amar. Nós fomos criados à sua imagem para coisas maiores, para amar e ser amado. Nós temos que "nos revestir de Cristo", como a Escritura nos fala. E assim nós fomos criados para amar como ele nos ama. Jesus se faz o faminto, o desnudo, o sem casa, o não desejado, e ele diz, "Você fez isto a mim". No último dia ele dirá àqueles à sua direita, "tudo que você fez ao menor destes, você fez a mim", e ele também dirá àqueles à sua esquerda, "tudo que você deixou de fazer para o menor destes, você deixou de fazer a mim". Quando ele estava morrendo na Cruz, Jesus disse "eu tenho sede". Jesus tem sede do nosso amor, e esta é a sede de todos, tanto pobres como ricos. Todos nós temos sede do amor dos outros, de que eles saiam do seu caminho para evitar nos prejudicar e para fazer o bem a nós. Este é o significado do verdadeiro amor, dar até que doa. Eu nunca posso esquecer a experiência que eu tive visitando uma casa onde eles mantinham todos aqueles velhos pais de filhos e filhas que tinham há pouco os posto em uma instituição e, talvez, os esquecido. Eu vi que naquela casa aquelas pessoas idosas tinham tudo: comida boa, lugar confortável, televisão - tudo. Mas todo mundo estava olhando para a porta. E eu não vi nem um deles com um sorriso na face. Eu virei para a Irmã e perguntei, "Por que estas pessoas, que têm todo conforto aqui - por que todos eles estão olhando para a porta? Por que eles não estão sorrindo?" (Eu estou acostumada a ver os sorrisos em nosso povo. Até mesmo os agonizantes sorriem.) E a Irmã disse, "Este é o modo que é, quase todos os dias. Eles estão aguardando - eles têm esperança - que um filho ou filha venha visitá-los. Eles sofrem porque são esquecidos." Vejam, esta negligência para amar traz pobreza espiritual. Talvez em nossa família nós tenhamos alguém que está se sentindo só, que está se sentindo doente, que está preocupado. Nós estamos lá? Nós estamos dispostos a dar até que doa, para estar com nossas famílias? Ou nós pomos nossos próprios interesses primeiro? Estas são as perguntas que precisamos fazer a nós mesmos, especialmente quando nós começamos este Ano da Família. Nós precisamos nos lembrar de que o amor começa em casa, e nós também precisamos nos lembrar de que "o futuro da humanidade passa pela família". Eu fiquei surpresa no Ocidente por ver tantos meninos e meninas jovens dados a drogas. E eu tentei descobrir por que. Por que é assim, quando esses no Ocidente têm tantas coisas mais do que aqueles no Oriente? E a resposta era, "Porque não há ninguém na família para os receber". Nossas crianças dependem de nós para tudo: sua saúde, sua nutrição, sua segurança, seu vir a conhecer e amar a Deus. Para tudo isto, eles olham para nós com confiança, esperança, e expectativa. Mas freqüentemente o pai e mãe estão tão ocupados que eles não têm tempo para suas crianças, ou talvez eles nem mesmo sejam casados, ou desistiram do seu matrimônio. Assim as crianças vão para as ruas, e são envolvidas nas drogas, ou em outras coisas. Nós estamos falando de amor à criança, que é onde o amor e a paz devem começar. Estas são as coisas que quebram a paz. Mas eu sinto que o maior destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança - um assassinato direto da criança inocente - assassinato pela própria mãe. E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo sua própria criança, como nós podemos dizer para outras pessoas que não matem uns aos outros? Como nós persuadimos uma mulher a não fazer um aborto? Como sempre, nós devemos persuadi-la com amor, e nós lembramos a nós mesmos que amor significa estar disposto a dar até que doa. Jesus deu até a sua própria vida para nos amar. Assim a mãe que está pensando em aborto, deveria ser ajudada a amar - quer dizer, a dar até que fira seus planos, ou o seu tempo livre, para respeitar a vida da sua criança. O pai daquela criança, seja quem for, também tem que dar até que doa. Pelo aborto, a mãe não aprende amar, mas mata até mesmo a sua própria criança para resolver os seus problemas. E pelo aborto, é dito ao pai que ele não precisa ter responsabilidade alguma pela criança que ele trouxe ao mundo. É provável que aquele pai coloque outras mulheres na mesma dificuldade. Assim o aborto apenas leva a mais aborto. Qualquer país que aceite o aborto não está ensinando as pessoas a amar, mas a usar qualquer violência para conseguir o que eles querem. É por isso que o maior destruidor do amor e da paz é o aborto. Muitas pessoas são muito, muito preocupadas com as crianças da Índia, com as crianças da África, onde muitas morrem de fome, e assim por diante. Muitas pessoas também preocupam-se com toda a violência neste grande país dos Estados Unidos. Estas preocupações são muito boas. Mas freqüentemente estas mesmas pessoas não se preocupam com os milhões que estão sendo mortos pela decisão deliberada das suas próprias mães. E este é o maior destruidor da paz hoje: o aborto, que leva as pessoas a tal cegueira. "Eu quero esta criança!" E por isto eu apelo na Índia e eu apelo em todos os lugares: "Deixe-nos trazer a criança de volta". A criança é o presente de Deus à família. Cada criança é criada à especial imagem e semelhança de Deus para coisas maiores - amar e ser amado. Neste Ano da Família nós precisamos trazer a criança de volta para o centro de nosso cuidado e preocupação. Este é o único modo pelo qual o nosso mundo pode sobreviver, porque nossas crianças são a única esperança para o futuro. À medida que as outras pessoas são chamadas para Deus, só as suas crianças podem tomar os seus lugares. Mas o que Deus diz a nós? Ele diz, "Até mesmo se uma mãe pudesse esquecer da sua criança, eu não o esquecerei. Eu o gravei na palma de minha mão". Nós estamos gravados na palma da sua mão; aquela criança por nascer foi esculpida na mão de Deus desde a concepção, e é chamada por Deus a amar e ser amada, não só agora nesta vida, mas para sempre. Deus nunca pode se esquecer de nós. Eu vou contar uma coisa bonita a vocês. Nós estamos lutando contra o aborto pela adoção - pelo cuidado à mãe e a adoção para o seu bebê. Nós salvamos milhares de vidas. Nós avisamos as clínicas, os hospitais, e delegacias de polícia: "Por favor não destruam a criança; nós ficaremos com a criança". Assim nós sempre conseguimos que alguém diga às mães em dificuldade: "Venha, nós cuidaremos de você, nós conseguiremos uma casa para sua criança". E nós temos uma tremenda demanda dos casais que não podem ter uma criança. Mas eu nunca dou uma criança a um casal que fez algo para não ter uma criança. Jesus disse, "Qualquer um que recebe uma criança em meu nome, me recebe." Adotando uma criança, estes casais recebem Jesus, mas abortando uma criança, um casal recusa-se a receber Jesus. Por favor não matem a criança. Eu quero a criança. Por favor me dêem a criança. Eu estou disposta a aceitar qualquer criança que seria abortada, e a dar aquela criança a um casal casado que amará a criança, e será amado pela criança. Da casa de nossas crianças em Calcutá apenas, nós salvamos mais de 3.000 crianças de abortos. Estas crianças trouxeram tal amor e alegria para os seus pais adotivos, e cresceram tão cheias de amor e alegria! Eu sei que os casais têm que planejar a sua família, e para isso há planejamento familiar natural. O modo para planejar a família é planejamento familiar natural, não contracepção. Destruindo o poder de dar vida, pela contracepção, um marido ou esposa está fazendo algo a si mesmo. Isto dirige a atenção para si mesmo, e assim destrói o dom de amor nele ou ela. Amando, o marido e esposa têm que dirigir a atenção um para o outro, como acontece no planejamento familiar natural, e não para si mesmos, como acontece na contracepção. Uma vez que aquele amor vivo é destruído pela contracepção, o aborto segue muito facilmente. A grandeza do pobre Eu também sei que há grandes problemas no mundo - que muitos cônjuges não amam um ao outro o bastante para praticar planejamento familiar natural. Nós não podemos resolver todos os problemas no mundo, mas nunca tragamos o pior problema de todos, que é destruir o amor. Isto é o que acontece quando nós dizemos para as pessoas que pratiquem contracepção e aborto. Os pobres são pessoas muito grandes. Eles podem nos ensinar tantas coisas bonitas. Uma vez um deles veio nos agradecer por ensinar a eles planejamento familiar natural, e disse: "Vocês - que praticaram castidade - vocês são as pessoas mais indicadas para nos ensinar planejamento familiar natural, porque não é nada além de autocontrole por amor um ao outro." E o que esta pessoa pobre disse é bem verdade. Estas pessoas pobres talvez não tenham nada para comer, talvez elas não tenham uma casa para viver, mas eles ainda podem ser grandes pessoas quando eles são espiritualmente ricos. Aqueles que são materialmente pobres podem ser pessoas maravilhosas. Uma noite nós saímos e recolhemos quatro pessoas da rua. E um deles estava em uma condição bem terrível. Eu disse às Irmãs: "Vocês tomem conta dos outros três; eu cuidarei do que parece pior." Assim eu fiz por ela tudo aquilo que meu amor pode fazer. Eu a pus na cama, e havia um belo sorriso na sua face. Ela pegou minha mão, e ela só disse uma coisa: "Obrigado". Então ela morreu. Eu não pude evitar examinar minha consciência diante dela. Eu perguntei, "O que eu diria se estivesse em seu lugar?" E minha resposta foi muito simples. Eu teria tentado chamar um pouco de atenção para mim. Eu teria dito, "Eu tenho fome, eu estou morrendo, eu estou com frio, eu estou com dor", ou algo assim. Mas ela me deu muito mais - ela me deu o seu amor agradecido. E ela morreu com um sorriso em sua face. E havia o homem que nós apanhamos da sarjeta, meio comido pelos vermes. E depois que nós o trouxemos para casa, ele só disse, "Eu tenho vivido como um animal na rua, mas eu vou morrer como um anjo, amado e cuidado." Então, depois que nós removemos todos os vermes deste corpo, tudo o que ele disse - com um grande sorriso - foi: "Irmã, eu vou para casa para Deus." E ele morreu. Era tão maravilhoso ver a grandeza daquele homem, que podia falar assim sem culpar qualquer pessoa, sem comparar nada. Como um anjo - esta é a grandeza das pessoas que são espiritualmente ricas, até mesmo quando eles são materialmente pobres. Um sinal de cuidado Nós não somos assistentes sociais. Nós podemos estar fazendo trabalho social aos olhos de algumas pessoas, mas nós devemos ser contemplativas no meio do mundo. Porque nós temos que trazer aquela presença de Deus para dentro de sua família, porque a família que reza unida, permanece unida. Há tanto ódio, tanta miséria, e nós com nossa oração, com nosso sacrifício, estamos começando em casa. O amor começa em casa, e não importa o quanto fazemos, mas quanto amor nós colocamos naquilo que fazemos. Se nós somos contemplativas no meio do mundo com todos seus problemas, estes problemas nunca podem nos desencorajar. Nós devemos sempre nos lembrar do que Deus nos diz na Escritura: Até mesmo se a mãe pudesse esquecer da criança em seu útero - algo que é impossível, mas até mesmo se ela pudesse esquecer - eu nunca o esquecerei. E assim aqui estou eu falando com vocês. Eu quero que vocês achem os pobres aqui, bem em sua própria casa primeiro. E comecem o amor lá. Levem a boa notícia ao seu próprio povo primeiro. E descubram sobre seus vizinhos de porta. Vocês sabem quem eles são? Eu tive a experiência mais extraordinária de amor a um vizinho de uma família hindu. Um cavalheiro veio para nossa casa e disse, "Madre Teresa, há uma família que não tem comido por muito tempo. Faça algo." Então eu peguei um pouco de arroz e fui lá imediatamente. E eu vi as crianças, os seus olhos brilhando com fome. (Eu não sei se vocês alguma vez viram fome, mas eu tenho visto muito freqüentemente.) E a mãe da família pegou o arroz que eu lhe dei, e saiu. Quando ela voltou, eu lhe perguntei, "Onde você foi? O que você fez?" E ela me deu uma resposta muito simples: "Eles também têm fome." O que me abalou era que ela sabia. E quem eram "eles"? Uma família muçulmana. E ela sabia. Eu não trouxe mais nenhum arroz naquela noite, porque eu quis que eles - hindus e muçulmanos - desfrutassem a alegria de compartilhar. Mas havia essas crianças irradiando alegria, compartilhando a alegria e paz com a sua mãe porque ela teve o amor para dar até que doesse. E vocês vêem que é aí que o amor começa: em casa na família. Deus nunca se esquecerá de nós, e há algo que você e eu sempre podemos fazer. Nós podemos manter a alegria de amar Jesus em nossos corações, e compartilhar esta alegria com todos com que nós entrarmos em contato. Que nós façamos questão de que nenhuma criança seja indesejada, não amada, não cuidada, ou morta e jogada fora. E que demos até que doa - com um sorriso. Porque eu falo tanto de dar com um sorriso, uma vez um professor dos Estados Unidos me perguntou, "Você é casada?" E eu disse, "Sim, e eu às vezes acho muito difícil sorrir a meu cônjuge - Jesus - porque ele pode ser muito exigente" - às vezes isto realmente é algo verdadeiro. E é aí que o amor entra - quando é sacrificado, e ainda assim nós podemos dar com alegria. Um das coisas mais exigentes para mim é viajar para todos os lugares, e com publicidade. Eu disse a Jesus que se eu não for para céu por mais nada, eu irei para céu por todas as viagens com toda a publicidade, porque isto me tem purificado e me sacrificado e me tornado realmente pronta para ir para céu. Se nós nos lembrarmos de que Deus nos ama, e de que nós podemos amar aos outros como ele nos ama, então a América pode se tornar um sinal de paz para o mundo. Daqui, um sinal de cuidado para com o mais fraco dos fracos - a criança por nascer - tem que partir para o mundo. Se vocês se tornarem uma luz ardente de justiça e paz no mundo, então realmente vocês serão fiéis ao que os fundadores deste país defendiam. Deus os abençoe!"

terça-feira, 4 de agosto de 2009



A ideia de que algumas pessoas são geneticamente inferiores e que é necessário eliminá-las ou evitar que se reproduzam é uma mentalidade que ainda persiste, apesar do horror que despertou após as atrocidades do regime nazista.

Em uma reveladora entrevista publicada no dia 12 de julho na New York Times Magazine, perguntava-se à juíza do Supremo Tribunal dos Estados Unidos Ruth Bader Ginsburg sobre o aborto, entre outros temas.

Referindo-se à sentença do Supremo que abriu as portas ao aborto, Roe v. Wade, e às sentenças sobre financiamento do aborto, Ginsburg comentava: “francamente, na época em que se decidiu sobre Roe, creio que havia preocupação com o crescimento da população e especialmente com o crescimento de populações que não queríamos que houvesse muitas”.



Esta assombrosa declaração não foi posteriormente aprofundada, e ela não deu explicações de que grupos se englobam dentro dos que “não queríamos que houvesse muitos”.

Em um artigo de opinião publicado no dia 14 de julho no Los Angeles Times, Jonah Goldberg admitia que o texto podia-se interpretar como uma mera descrição da mentalidade que se dava detrás das sentenças e, portanto, não temos certeza que Ginsburg tenha assumido estas ideias.

No entanto, continuou, é verdadeiramente certo que o impulso a favor do aborto se deveu em boa parte ao desejo de eliminar os considerados não aptos. É bem conhecido, afirmava, que a fundadora do Planned Parenthood, Margaret Sanger, "foi uma racista eugenésica de primeira ordem”.

Esterilização forçada
Há apenas um mês, recordava-se a triste história das esterilizações forçadas na Carolina do Norte.

Associated Press informava a 22 de junho que se inaugurou uma placa em memória das milhares de pessoas que foram esterilizadas de 1933 a 1973 por serem consideradas mentalmente incapacitadas ou geneticamente inferiores.

Segundo o artigo, o programa da Carolina do Norte tinha como objetivo os pobres e a população que vivia nos presídios ou nas instituições do Estado. Algumas eram simplesmente vítimas de violações. A Comissão de Eugenia do Estado ainda seguiu atuando até 1977, após os enfermos mentais terem sido colocados sob controle judicial.

Os programas de esterilização não são apenas uma questão de interesse histórico. No dia 22 de junho, o jornal Guardian informava que na África está-se obrigando a esterilização de mulheres portadoras do HIV.

Ao que parece, é-lhes dito que o procedimento é um tratamento rotineiro para a AIDS. A Comunidade Internacional de Mulheres com HIV/AIDS está preparando uma ação contra o governo na Namíbia em nome de um grupo de mulheres soropositivas do país que foram esterilizadas contra sua vontade.

O Guardian também informava que este grupo afirma que há esterilizações forçadas na República Democrática do Congo, em Zâmbia e na África do Sul.

A mentalidade eugenésica está muito difundida, ainda que de forma sutil, quando se trata de deficientes ou de quem sofre defeitos genéticos. Com frequência estas pessoas simplesmente são eliminadas antes que tenham a oportunidade de nascer.

Os tratamentos científicos prometem intensificar as ameaças para estes deficientes. No dia 1 de julho, o Times de Londres informava que investigadores estão desenvolvendo um teste genético universal para embriões capaz de detectar quase toda enfermidade hereditária.

Em breve começarão os testes e o professor Alan Handyside, da clínica Bridge de Londres, explicava ao Times que o teste será capaz de identificar qualquer das 15 mil deficiências genéticas conhecidas. Atualmente, podem-se conhecer 2% dos defeitos genéticos através dos testes em embriões.

Bebês desenhados
O artigo comentava que esta técnica, conhecida como karyomapping, aumentará a controvérsia sobre os “bebês desenhados”. O teste poderia também ser utilizado para selecionar um embrião de determinada cor de olhos, ou com genes que afetem a altura.

No entanto, seria difícil levar à prática a comprovação de muitos genes que controlam diversas facetas do desenvolvimento, porque seriam necessários centenas de embriões para garantir o perfil desejado.

Já é comum a prática de eliminar os embriões ou fetos que sofrem de síndrome de Down. Dominic Lawson criticava esta tendência em um artigo de opinião publicado no jornal britânico Independent no dia 25 de novembro passado.

Lawson, que tem um filho com síndrome de Down, observava no entanto alguns sinais de mudança. Citava Carol Boys, diretor executivo da Associação de Síndrome de Down, que afirmava que cerca de 40% das mães que dão positivo no teste de síndrome de Down continuam sua gravidez.

Em parte, explicava Boys, isso tem a ver com o fato de que as mulheres tendem a ter filhos a uma idade mais avançada. Isso significa que são mais conscientes de que é possível que não possam ter outros filhos. Ademais, estas mulheres têm carreiras assentadas que lhes dão mais confiança para enfrentar as pressões dos médicos para que abortem. Segundo Lawson, os médicos em geral têm “uma tendência visceral a favor da eugenia”.

“Isso não se baseia em uma consideração realista e atualizada das possibilidades abertas a quem tem síndrome de Down, ainda menos da felicidade que podem e de fato trazem às famílias, e inclusive à comunidade em seu conjunto”, acrescentava Lawson.

A causa de tais atitudes baseia-se no fato de que as pessoas com síndrome de Down vão custar mais ao sistema de saúde, acusava.

As novas provas genéticas também apontam a síndrome de Down, anunciava um artigo de 8 de junho na seção online do American Spectator. Sequenom, uma empresa que comercializa produtos de análise genética, desenvolveu um novo teste genético para a síndrome de Down.

O teste, chamado SEQureDX, supõe-se mais seguro e cuidadoso que qualquer teste genético pré-natal anterior. “Ainda que as novas provas sejam mais seguras tanto para a mãe como para o filho, criarão uma profunda insegurança para os bebês que acusem positivo para anormalidades genéticas”, indicava o artigo.

Ao menos outras três companhias estão desenvolvendo provas genéticas parecidas e esperam tê-las no mercado antes do fim do ano.

Erros fatais
A promessa de testes mais exatos aponta a um fato ao qual não se dá relevância, quer dizer, que frequentemente bebês perfeitamente sadios sejam abortados por erros nas provas genéticas.

Segundo um artigo de 16 de maio no jornal Guardian, a doutora Anne Mackie, diretora de programas de testes do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, estimava que a cada ano, na Inglaterra, 146 bebês sadios e que não tinham qualquer anormalidade se perdem como resultado de testes inexatos.

Segundo Machie, 70% dos hospitais da Inglaterra ainda usam testes que é muito provável que deem “falso positivos”, quer dizer, determinar um alto risco para as mulheres de forma errônea.

Os perigos da eugenia
No dia 21 de fevereiro, Bento XVI falava aos participantes em uma conferência convocada pela Pontifícia Academia para a Vida sobre o tema “Novas fronteiras da genética e perigos da eugenia”.

Cada ser humano, afirmava o pontífice, “é muito mais que uma singular combinação de informações genéticas que seus pais lhe transmitem”.

Devemos evitar os riscos que a eugenia implica, advertia o Santo Padre. E observava que hoje se dão “manifestações preocupantes desta repulsiva prática”. Explicava que hoje “se tende a privilegiar as capacidades operativas, a eficiência, a perfeição e a beleza física, em detrimento de outras dimensões da existência que não se consideram dignas”.

“Deste modo é debilitado o respeito que é devido a cada ser humano, também na presença de um defeito no seu desenvolvimento ou de uma doença genética que poderá manifestar-se no decurso da vida, e são penalizados desde a concepção os filhos cuja vida é considerada não digna de ser vivida”, comentava o Papa.

Bento XVI animava a rechaçar qualquer forma de discriminação como um ataque a toda humanidade. Um chamado à ação que deve despertar as consciências de todo o mundo.

www.zenit.org

domingo, 1 de fevereiro de 2009

SIM À VIDA NÃO AO ABORTO

Repórter Antônio
Desejamos apresentar, neste artigo, informações sobre a grave ofensa que atinge diretamente o Coração de Deus - o aborto. Não é apologia mas sim intenção de mostrar os horrores da agressão à vida na sua mais pura e inocente concepção.
O assassinato de um bebê não nascido é produzido, além de por meio de alguns métodos domésticos, através dos seguintes métodos:
- Por envenenamento salino
Extrai-se o líquido amniótico dentro da bolsa que protege o bebê. Introduz-se uma longa agulha através do abdômen da mãe, até a bolsa amniótica e injeta-se em seu lugar uma solução salina concentrada. O bebê ingere esta solução que lhe causará a morte em 12 horas por envenenamento, desidratação, hemorragia do cérebro e de outros órgãos. Esta solução salina produz queimaduras graves na pela do bebê. Algumas horas mais tarde, a mãe começa “o parto” e da a luz a um bebê morto ou moribundo, muitas vezes em movimento.Este método é utilizado depois da 16o semana de gestação.
- Por Sucção
Insere-se no útero um tubo oco que tem uma ponta afiada. Uma forte sucção (28 vezes mais forte que a de um aspirador doméstico) despedaça o corpo do bebê que está se desenvolvendo, assim como a placenta e absorve “o produto da gravidez” (ou seja, o bebê), depositando-o depois em um balde. O abortista introduz logo uma pinça para extrair o crânio, que costuma não sair pelo tubo de sucção. Algumas vezes as partes mais pequenas do corpo do bebê podem ser identificadas. Quase 95% dos abortos nos países desenvolvidos são realizados desta forma.
- Por Dilatação e Curetagem

Neste método é utilizado uma cureta ou faca proveniente de uma colher afiada na ponta com a qual vai-se cortando o bebê em pedaços com o fim de facilitar sua extração pelo colo da matriz. Durante o segundo e terceiro trimestre da gestação o bebê é já grande demais para ser extraído por sucção; então utiliza-se o método chamado dilatação e curetagem.
A cureta é empregada para desmembrar o bebê, tirando-se logo em pedaços com ajuda do fórceps. Este método está se tornando o mais usual.

- Por “D & X” às 32o semanas

Este é o método mais espantoso de todos, também é conhecido como nascimento parcial. Costuma ser feito quando o bebê se encontra já muito próximo de seu nascimento. Depois de ter dilatado o colo uterino durante três dias e guiando-se por ecografia, o abortista introduz algumas pinças e agarra com elas uma perninha, depois a outra, seguida do corpo, até chegar aos ombros e braços do bebê. Assim extrai-se parcialmente o corpo do bebê, como se este fosse nascer, salvo que deixa-se a cabeça dentro do útero. Como a cabeça é grande demais para ser extraída intacta; o abortista, enterra algumas tesouras na base do crânio do bebê que está vivo, e as abre para ampliar o orifício. Então insere um catéter e extrai o cérebro mediante sucção.
Este procedimento faz com que o bebê morra e que sua cabeça se desabe. Em seguida extrai-se a criatura e lhe é cortada a placenta.

- Por Operação Cesárea

Este método é exatamente igual a uma operação cesárea até que se corte o cordão umbilical, salvo que em vez de cuidar da criança extraída, deixa-se que ela morra. A cesárea não tem o objetivo de salvar o bebê mas de matá-lo.

- Mediante Prostaglandinas

Esta droga provoca um parto prematuro durante qualquer etapa da gravidez. É usado para levar a cabo o aborto à metade da gravidez e nas últimas etapas deste. Sua principal “complicação” é que o bebê às vezes sai vivo. Também pode causar graves danos à mãe. Recentemente as prostaglandinas foram usadas com a RU- 486 para aumentar a “eficácia” destas.

- Pílula RU-486

Trata-se de uma pílula abortiva empregada conjuntamente com uma prostaglandina, que é eficiente se for empregada entre a primeira e a terceira semana depois de faltar a primeira menstruação da mãe. Por este motivo é conhecida como a “pílula do dia seguinte”. Age matando de fome o diminuto bebê, privando do de um elemento vital, o hormônio progesterona. O aborto é produzido depois de vários dias de dolorosas contrações.
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Fonte: ACI digital

Vaticano critica Obama por decisão favorável a aborto


25 jan 2009 24/01/2009 -
15:48 Agência Estado

O Vaticano informou neste sábado (24) que está desapontado com a decisão do Presidente do Estados Unidos, Barack Obama, de colocar fim à proibição de financiamento federal para grupos internacionais defensores do aborto.
O monsenhor Rino Fisichella, chefe da Academia Pontifícia para a Vida, conclamou Obama a ouvir todas as vozes norte-americanas sem a “arrogância daqueles que, estando no poder, acreditam que podem decidir sobre a vida e a morte”.
Fisichella afirmou em uma entrevista publicada no Corriere della Sera que, “se esse for um dos primeiros atos do Presidente Obama eu tenho de dizer, com todo o respeito, que iremos nos desapontar rapidamente”.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=246843&modulo=965